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Governo impede acesso a informação sobre possível dívida bilionária da Copel

A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) tem ou não uma dívida bilionária de R$ 3,5 bilhões? Com o intuito de esclarecer essa dúvida, o deputado Arilson Chiorato (PT) fez um requerimento, que foi derrubado em votação na tarde desta segunda-feira (03/04) na Assembleia Legislativa (Alep). Para obter as informações corretas da empresa, medidas jurídicas serão tomadas nos próximos dias, inclusive junto a órgãos de controle e fiscalização do mercado financeiro.

“O posicionamento contrário de deputados da base governista não vai impedir de descobrimos a verdade sobre o balanço da Copel. Vamos solicitar as mesmas informações via lei de Acesso à Informação. Também estamos preparando medidas jurídicas que serão encaminhadas ao órgãos competentes para apurar o balanço da Copel e se há ou não essa dívida bilionária. Uma empresa de energia não pode viver na escuridão”, afirma o deputado Arilson, vice-líder da Bancada de Oposição na Alep.

Durante a sessão plenária, o parlamentar também fez apontamentos sobre a falta de transparência da companhia em seu balanço, em especial sobre possíveis dívidas, e também questionou os possíveis motivos que têm levado o Governo do Estado a se mobilizar para desfazer de ações da estatal.

“O Governo do Estado do Paraná, acionista majoritário da Copel pretende se desfazer das ações e privatizar a companhia, uma empresa altamente lucrativa conforme os balanços divulgados nos últimos anos. Vender uma empresa lucrativa e eficiente, por si só, já é questionável. Agora, os acionistas, os consumidores e os órgãos de controle, precisam de explicação por parte da gestão atual da Copel e do Governo do Paraná em relação ao balanço da companhia, em especial sobre possíveis dívidas, que podem chegar a cada de R$3,5 bilhões”, ressaltou.

O parlamentar também comentou sobre contratos na ordem de 30 bilhões de reais, sem licitação, em consultorias e em escritório de advocacia. “Até quarta-feira passada, dia 29 de março, depois da nossa solicitação, a Copel não tinha informado a bolsa de valores que havia contratado o BTG Pactual – o mesmo do Paulo Guedes e do Fábio Faria, ex-ministro de Comunicações – para fazer a compra e venda das ações da Copel”, expôs.

Para o deputado Arilson, o requerimento fazia perguntas simples, como qual o valor da dívida atual da Copel com o mercado? Por que houve dispensa de licitação para contração de escritórios de consultorias e auditorias? Qual foi a sentença dada pela Câmara de Arbitragem?


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