Gustavo foi preso em Taguatinga (DF), onde vive. Em entrevista à TV Globo, o jovem disse que chegou a contestar a prisão, dizendo que não tem filhos, mas que os policiais responderam que “não tinha o que fazer”. Segundo seu advogado, Marco da Silva Barbosa, o rapaz ficou preso com pessoas que cometeram homicídio.
Erro foi percebido durante entrevista anterior à audiência de custódia. Quando o juiz ouviu o rapaz, o advogado e a Defensoria, liberou Gustavo e oficiou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para apuração de fraude no caso.
“É bem chato você não ter culpa de nada e ser levado, seus vizinhos todos vendo… Mas a pior parte mesmo foi o tempo que passa lá dentro que você não tem culpa, né? […] Foi bem horrível, e é uma coisa que eu não desejaria para ninguém. Gustavo Rodrigo Ferreira Lopes, de 20 anos
Defesa pretende processar o Estado. Barbosa disse a reportagem que a intenção é conseguir uma indenização por dano moral “por todo o sofrimento que ele passou, por todo o abalo emocional que ele teve”. O que falta, segundo a defesa, é averiguar quem é o culpado pela prisão de Gustavo.
Defensor aponta erro como “bizarro”. Alexandre Fernandes Silva, advogado da Defensoria Pública do DF, apontou que a causa do erro ainda está em apuração, mas considerou o erro como “bizarro, grotesco”. Ele explica que as maiores possibilidades são de erro, ou fraude no processo — quando se coloca o nome e dados de um inocente no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Mandado de prisão contra Gustavo foi arquivado pelo TJDFT. O juiz Rômulo Teles escreveu que há “grande probabilidade de fraude no mandado de prisão” e assinou o alvará de soltura para o jovem.
Fonte: UOL