Uma série de ações autoritárias executadas pela Secretaria de Estado da Educação, em nome do Governo do Paraná, contra professores da rede estadual foi denunciada pelo deputado Arilson Chiorato (PT) nesta terça-feira (11/06) na Assembleia Legislativa. “Estamos em 2024 ou em 1964?”, questionou deputado sobre perseguição em série contra professores.
Além da cronologia da privatização do ensino público, o parlamentar citou vários exemplos autoritários contra os educadores, como o pedido de prisão da presidente da APP-Sindicato Walkíria Mazeto, afastamentos de diretores contrários a privatização e o pedido de sigilo a documentos da SEED por cinco anos.
“Estamos caminhando a passos largos para 1964. São várias as atitudes antidemocráticas do privatizador Ratinho. Tivemos uma manifestação legítima pela comunidade escolar do Paraná, formada por professores, alunos e pais. Por outro lado, vimos o sufocamento da manifestação. Inclusive, o governo do Paraná usou dados internos para enviar mensagens com vídeos contra a greve dos professores a pais e alunos. Um deles no dia 28 de Maio, quando a categoria já estava anunciando a greve. Porém, agora está tudo sob sigilo”, criticou.
“Outra denúncia gritante, que recebi, foi a manipulação do sistema de chamada dos alunos, que é online atualmente. Recebemos denúncias que outros profissionais que furaram a greve, a mando do Governo do Estado, teriam manipulado dados no sistema para fazer chamada em nome de outros professores, especialmente em escolas cívico-militares. Um absurdo”, denunciou.
O deputado Arilson também reforçou em sua fala que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) está em preparação e deverá ser protocolada nas próximas semanas no Supremo Tribunal Federal (STF).