O deputado Arilson Chiorato (PT) voltou a denunciar ameaças de gestores da Companhia Paranaense de Energia (Copel) nesta segunda-feira (05/06) durante sua fala em plenário na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). É a segunda vez que a administração da estatal fala em usar recursos jurídicos para evitar questionamentos sobre a gestão e também falhas no processo de privatização.
No início de abril a Copel entrou com interpelação judicial contra o deputado Arilson após ele revelar irregularidades no balanço e uma possível dívida bilionária, avaliada em R$ 3,2bilhões.
Na última quinta-feira (01/06), durante audiência pública organizada pelo Banco Genial, o diretor da Copel Cássio Santana da Silva, em sua fala disse: “(…) É importante deixar claro, a Copel acionará judicialmente, todo aquele que propagar uma afirmativa dessa sorte de gravidade”, ao se referir a denúncia feita pelo parlamentar.
“Em defesa da Copel, não vou me calar nem me curvar a ameaças. Essa atitude não me intimida”, garante deputado Arilson.
“Considero essa fala uma ameaça a toda a população do Paraná. Eu tenho mandato parlamentar e só o utilizo dentro dos limites constitucionais. O deputado é inviolável por suas opiniões e os questionamentos são necessários para a atividade parlamentar. Se perguntar ofende, porque a Copel, então, não responde aos nossos pedidos de informação, assim vamos parar de perguntar. Enquanto isso não acontece, nós, paranaenses, queremos saber se o Tribunal de Justiça já confirmou estes valores, em que data, e se o valor na ordem de R$ 3 bilhões está correto”.
“Se toda fiscalização parlamentar for tratada com perseguição, o estado será uma caixa-preta. Eu sou daqueles que não foge à luta, pois fui eleito para fiscalizar. Todos os meus eleitores e colegas daqui da casa, podem me chamar de Arilson, mas para esses que me ameaçam, faço questão que me chamem de deputado Arilson, pois como deputado é meu direito e dever, garantidos por lei, de questionar, de fiscalizar de pedir informações”, continuou.
O parlamentar pediu ainda ao presidente da casa, deputado Ademar Traino(PSD), para que fosse instaurado processo de defesa de suas prerrogativas legais. O pedido também será estendido aos demais parlamentares.