O deputado Arilson Chiorato (PT) comprou ações no início deste mês para acompanhar de perto os trâmites envolvendo o processo de privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e, nesta segunda-feira (10/07), participou da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), votando contra a transformação da empresa em capital disperso sem acionista controlador. “Votei contra a entrega da Copel ao mercado financeiro, assim como o BNDES, porque a privatização será prejudicial ao Paraná, tanto no aspecto econômico quanto social”, afirma o deputado Arilson Chiorato (PT), coordenador da Frente Parlamentar das Empresas Públicas e das Estatais.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também se manifestou contrário à entrada da companhia no chamado Novo Mercado da B3, por entender que a mudança levaria a um desequilíbrio dos interesses dos acionistas minoritários da empresa. Ontem, o BNDESPAR (Participações) pediu a retirada de quatro itens de votação na assembleia de hoje, o que foi atendido, mas não impediu que fosse votado e aprovado a transformação da empresa pública em corporação. Porém, a entrada no segmento de Novo Mercado será analisada em nova assembleia e deliberada pelos acionistas, assim como os outros itens retirados da pauta desta segunda-feira.
“Entendemos que o posicionamento contrário do BNDES é um avanço, uma vez que a retirada desses itens, que atende um pedido dos deputados de Oposição da Assembleia Legislativa e também da Bancada Federal, do PT, por exemplo, impediu o agravamento da situação da Copel, que teve hoje autorizada sua transformação em capital disperso, mas o Governo do Estado continua seu maior acionista e com poder de veto”, exemplifica o deputado.
Outro ponto retirado de pauta a pedido do BNDES e, de suma importância, na avaliação do parlamentar envolve a mudança no estatuto da Copel. “Foi retirado de pauta esse item, ou seja, o estatuto da Copel não será reformado e consolidado e ainda as ações extraordinárias e preferenciais não serão equiparadas. Com isso, não vai ter a diluição conforme previsto e o Estado continuará o sócio majoritário”, explica.
Por outro lado, o coordenador da Frente das Estatais e Empresas Públicas reforça que os trabalhos para impedir a entrega da Copel ao mercado financeiro permanece. “A luta contínua. Agora, na esfera judicial, as nossas intervenções, as nossas denúncias de irregularidades, vão servir de base para o processo jurídico. A luta contínua. A Copel é nossa!”.
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