Brasília, 22 de julho de 2025 – Em um ato que gerou tanto apoio quanto críticas, um grupo de deputados federais bolsonaristas estendeu uma bandeira de apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira (22), na Câmara dos Deputados, em Brasília. A manifestação ocorreu durante um protesto contra a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de proibir reuniões de comissões durante o recesso parlamentar.
O deputado paranaense Sargento Fahur (PSD-PR) foi um dos protagonistas do ato, ajuando a segurar a bandeira de Trump ao lado do deputado Delegado Caveira (PL-PA). A cena se desenrolou em uma coletiva de imprensa no salão da Comissão de Segurança, chamando a atenção dos presentes e da imprensa.
A iniciativa, contudo, não foi unanimidade. “Tira essa bandeira daqui”, clamou um deputado, evidenciando a divisão de opiniões em relação à exibição de símbolos estrangeiros no parlamento brasileiro. Na imagem capturada, Sargento Fahur aparece à esquerda, vestindo um paletó escuro e camisa clara, destacando-se na ação.
O pano de fundo da manifestação são as duas comissões, de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, presididas por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambas haviam convocado reuniões deliberativas para esta terça-feira com o objetivo de votar moções de apoio político ao ex-presidente, que atualmente cumpre medidas restritivas de liberdade.
A proibição dessas reuniões durante o recesso parlamentar por parte da presidência da Câmara, aliada ao fervor político em torno das figuras de Bolsonaro e Trump, parece ter motivado a ação dos deputados. O gesto de erguer a bandeira do ex-presidente norte-americano, em meio a um contexto de defesa do ex-presidente brasileiro, sublinha a forte identificação ideológica entre as alas mais conservadoras do parlamento brasileiro e o trumpismo.
O episódio certamente adiciona mais um capítulo à polarizada cena política brasileira, levantando discussões sobre o papel e os limites das manifestações ideológicas dentro do Congresso Nacional.