O deputado estadual Marcelo Rangel (PSD) firmou um Acordo de Não Persecução Cível com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) para ter suspenso um inquérito que investigava o possível desvio de função de três assessores que atuavam em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Rangel é irmão do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e vice-líder da bancada de apoio ao governo de Ratinho Júnior (PSD) na Alep.
Segundo a investigação, três assessores, Marcelo Franco, Marcus Fabrizio Busato e Juliano Rosa, teriam trabalhado na campanha de Rangel à Prefeitura de Ponta Grossa no passado, apesar de terem cargos na Alep. Pelo acordo firmado, o deputado terá que ressarcir o prejuízo ao erário, no valor de R$ 50.293,37, além de pagar uma multa civil no valor R$ 25.146,38.
Assinado no dia 14 de outubro por Rangel e pela promotora de Justiça Maria Natalina Nogueira de Magalhães Santarosa, o acordo ainda não foi homologado pela Justiça.
Mesmo com o apoio de Ratinho Júnior, Rangel ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição para a Prefeitura de Ponta Grossa no ano passado, atrás de Mabel Canto (então no PSDB) e Elizabeth Schmidt (União), que acabou eleita no segundo turno.
No ano passado, o deputado Requião Filho (PDT) apresentou um projeto para impedir que parlamentares que firmaram Termos de Ajuste de Conduta por improbidade ou acordos com o MP-PR assumam cargos na Mesa Executiva da Assembleia. Os deputados deveriam firmar termos de compromisso garantindo que nunca fizeram acordos caso fossem ocupar algum cargo de liderança na Alep. O projeto não avançou.
Fonte: José Marcos Lopes / Plural




