A professora Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, morreu na última sexta-feira (30/5), no Colégio Estadual Cívico-Militar Jayme Canet, no bairro Xaxim, em Curitiba (PR). A morte ocorreu durante reunião com equipe pedagógica. O deputado Arilson Chiorato (PT) ingressou com um pedido de informações junto da Secretaria Estadual de Educação (SEED).
“Infelizmente, a professora Silvaneide teve um infarto e faleceu no colégio que dava aula. Precisamos apurar se o infarto é resultado da pressão que era submetida para cumprir metas consideradas impossíveis pelos docentes. Professores têm relado cobranças excessivas. Vamos acompanhar o caso e, se necessário, outras medidas serão tomadas. O Governo do Estado está adoecendo nossos professores. Vamos respeitar este momento da família e acompanhar esse caso de perto”, afirma o parlamentar.
Na avaliação do deputado, a morte da professora é um alerta sobre a precarização da educação no estado. “O desmonte da educação pública no Paraná é vergonhoso e mata. Não podemos aceitar o falecimento de uma docente dentro da escola, durante uma reunião em que era cobrada por metas (como temos informações), como algo normal. Não é. Os professores precisam de mais respeito e valorização. O ensino não pode ser tratado como um processo industrial, automatizado. Escola não é fábrica”, defende.
Entre os pedidos ressaltados no documento encaminhado à Seed está a solicitação sobre quais metas a professora deveria cumprir na escola e qual era o teor da reunião, inclusive quais questionamentos foram feitos antes da professora enfartar.