“Seguimos firmes trabalhando pela soberania nacional, pelo desenvolvimento do Brasil e do Paraná, e pelo melhor para a nossa gente!”, disse o deputado Arilson Chiorato (PT) durante a visita do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, à Refinaria Getúlio Vargas (REPAR) na última segunda-feira (14). Prates anunciou a reabertura da subsidiária da ANSA, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
“O presidente da Petrobras reforçou o comprometimento com o Paraná pela continuidade das atividades da Repar, pela reabertura da Fafen, e pela retomada da Six, em São Mateus do Sul. Portanto, fica aqui os meus parabéns ao governo federal por reafirmar o compromisso com o nosso estado. O nosso compromisso é 100% com a população paranaense”, comemorou Arilson.
A deputada Ana Júlia também acompanhou a visita do presidente da companhia e disse que “a soberania nacional depende da Petrobras e da valorização de seus trabalhadores. Esse é um compromisso do Presidente Lula e nosso. Estaremos sempre unidas e unidos na luta para efetivar! ”.
Prates também garantiu que a REPAR não será mais privatizada. O presidente falou sobre os investimentos acompanhado de diretores da empresa, do deputado estadual e presidente do estadual do PT, Arilson Chiorato (PT), da deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT), da deputada federal e presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), do líder do partido na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR).
A Fafen foi fechada por Jair Bolsonaro em março de 2020, o que causou a demissão de centenas de trabalhadores e prejudicou a produção nacional, na esteira de duas outras fábricas abandonadas pelo governo Temer: uma na Bahia, situada em Camaçari, e outra em Sergipe, localizada no município de Laranjeiras. O resultado foi um aumento progressivo da dependência brasileira do fornecimento internacional da Rússia, em guerra com a Ucrânia desde no início do ano passado.
Fim do retrocesso
“Depois de anos de retrocessos e muita luta junto com os trabalhadores, a Fafen deve voltar a operar”, comemorou Gleisi Hoffmann. “Isso é muito importante para a nossa agricultura e para a segurança econômica do Brasil, senão ficamos na dependência de importação. A agricultura é a base da nossa economia e nós precisamos ter produção de fertilizantes”, justificou a deputada. “Se o estado não tiver refinaria, vamos pagar mais caro o refino de petróleo, vamos ter que importar mais petróleo e a gasolina”.
A Petrobras informou que os estudos de viabilidade técnica e financeira estão em andamento e que o assunto será analisado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da empresa. Segundo Gleisi Hoffmann, o presidente da Petrobras deu um prazo de oito a nove meses para a retomada das atividades da Fafen.
Prates reafirmou o papel estratégico que as fábricas de fertilizantes têm para o país. “O Brasil é um grande produtor de commodities agropecuárias, porém, dependente de fertilizantes de origem estrangeira”, apontou o presidente da empresa. “Esse mercado vem enfrentando muitos desafios no mundo todo. A Petrobras tem interesse em investir na reativação da ANSA por conta da sinergia da unidade com a Repar. Além de reduzir a dependência do país em relação à importação do produto, com a operação, vamos gerar emprego e renda”.
De acordo com a Petrobras, a ANSA possui capacidade de processamento de cerca de 1,9 mil toneladas por dia de ureia e 1,3 mil toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas. A matéria-prima usada na unidade é o resíduo asfáltico, que pode ser obtido na Repar.
“A REPAR é referência em inovação e técnica, representa 14% das vendas da Petrobras e o polo de Araucária é o segundo maior em faturamento da empresa”, informou a Petrobras, por meio do site. “O perfil de produção é de 49% diesel e 27% gasolina. Isto é, a Repar converte quase 80% do seu processamento em diesel e gasolina”.
“Uma empresa como essa, de alta tecnologia, segue uma decisão política”, apontou Gleisi. “Ela pode ser colocada apenas para explorar petróleo e exportá-lo cru, e dividir os lucros com um número mais restrito de acionistas, como estava fazendo ou pode voltar a ser um instrumento de desenvolvimento do Brasil”.