Pai da da recém-nascida alegou que a espiritualidade dele dizia que a criança estava curada
Na tarde de sexta-feira (23), a Polícia Militar (PM) foi acionada ao Instituto de Saúde Bom Jesus em Ivaiporã, no Centro Norte do Paraná, onde um casal residente em Faxinal queria retirar um recém-nascido da UTI neonatal sem alta médica.
De acordo com o boletim de ocorrência, no hospital em contato com a recepção a equipe policial foi informada que foi acionado o Conselho Tutelar e que o conselheiro de plantão recusou o atendimento, e que declarou no telefone “não ser função do Conselho Tutelar atuar no presente caso”.
Os policiais preocupados com o risco de vida da recém-nascida, acionou o Conselho Tutelar que não recusou atender, porém não compareceu ao hospital até o desfecho final da ocorrência.
Em contato com a médica da UTI Neonatal, ela relatou aos policiais na presença dos pais, que a recém-nascida teria o tratamento concluído no dia seguinte (24/12) e que a interrupção do tratamento traria possíveis risco futuro (sequelas) à saúde do bebê recém-nascido.
Mesmo ciente dos riscos, o pai relatou aos policiais que sua espiritualidade dizia que sua filha estava curada e que também estava tendo muitos gastos com deslocamento de Faxinal a Ivaiporã.
A mãe acompanhou toda conversa e presenciou as orientações da médica e mesmo assim declarou que iria retirar sua filha do hospital conforme a vontade de seu marido.
Os policiais perguntaram a médica se havia risco de morte atual ou iminente em decorrência do não tratamento e a médica, declarou que não.
Assim sendo, como não havia risco de morte, bem como diante da ausência do Conselho Tutelar, a médica decidiu entregar a criança aos pais mediante assinatura de documento.
No documento constatava as orientações e os pais se responsabilizaram por suas ações de livre e espontânea vontade, e decidiram retirar sua filha do hospital contrariando todas as orientações médicas.
Fonte: TNonline