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Após CNJ afastar juízes do TRF-4, deputado Arilson pede cassação de “Cidadão Honorário” de Thompson Flores

O deputado Arilson Chiorato (PT) revelou, durante o uso da tribuna na tarde desta segunda-feira (15/04) na Assembleia Legislativa do Paraná, que irá ingressar com um projeto de lei (PL) pedindo a revogação do título de Cidadão Honorário concedido no ano passado ao desembargador Thompson Flores. O projeto de lei terá como base os argumentos que levaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidir pelo afastamento de Flores, e serão citadas as provas apuradas pela Corregedoria.

Para o deputado Arilson, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, ex-presidente do TRF4, não faz jus ao título de Cidadão Honorário do Paraná. “Não podemos mais uma vez usar a casa do povo paranaense para validar títulos a pessoas, que comprovadamente estavam envolvidas em combinações escusas contra o povo brasileiro, contra a economia brasileira, contra a democracia brasileira”, pontuou o parlamentar.

Na avaliação do vice-líder da Oposição na Alep, com a decisão do CNJ fica nítido o uso político de instituições da justiça no Paraná. “Esta casa tem que tomar muito cuidado ao dar um título. Como temos visto, algumas pessoas usaram do cargo que exerciam para fazer uso político, como é o caso de alguns servidores da Ministério Público Federal e da Justiça Federal”, destacou.

O deputado Arilson frisou que o uso político foi denunciado na época. “O tempo provou o que denunciávamos. Um virou senador, seu Moro; o outro deputado federal, que foi devidamente cassado por irregularidades. E, agora, o CNJ confirma que não era invenção, ou seja, fizeram uso político das estruturas da justiça no Paraná. Portanto, quero a assinatura dos colegas parlamentares para corrigir e revogar esse título de Cidadão Honorário”, argumentou.

Ainda segundo o parlamentar, a decisão do CNJ traz materialidade. “O que temos agora, materialmente falando, não é o PowerPoint e também não é só convicção, são documentos, que foram obtidos durante inspeção do CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba e nos gabinetes dos magistrados afastados. Que a justiça seja feita, agora, de verdade e a farsa da Lava Jato desmascarada”.


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