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Alunos com deficiência visual da rede estadual recebem óculos com inteligência artificial

O governador do Paraná, Ratinho Junior, entregou a alunos da Rede Estadual de Ensino dispositivos de inteligência artificial OrCam MyEye 2.0 em evento realizado no Palácio Iguaçu, na manhã desta terça-feira (22). Desenvolvida e fabricada em Israel, a tecnologia, que usa áudio para transmitir informações a usuários com deficiência visual, promete transformar a experiência de aprendizado para estudantes com cegueira total nas escolas estaduais do Paraná.

A nova ferramenta, desse modo, vem para auxiliar os estudantes, não substituindo os métodos de ensino já adotados. Ao todo, neste primeiro momento, foram adquiridos 147 equipamentos, em um investimento de R$ 2,19 milhões. Cada unidade custou R$ 14,9 mil.

E é essa preocupação em driblar os obstáculos causados pelas deficiências, desde os bancos escolares, que o Governo do Paraná reforça com a nova tecnologia inclusiva. “Nós temos que criar uma escola universal, dando ferramenta para os alunos que precisam de algum tipo de auxílio, terem a mesma capacidade e oportunidade. Queremos dar a oportunidade para disputarem em grau de igualdade com os demais. E o que estamos fazendo é dar essa ferramenta para eles disputarem em grau de igualdade e serem competitivos no mercado de trabalho quando se transformarem em adultos. Mas, acima de tudo, eu tenho certeza de que com essa ferramenta eles vão passar a ser mais felizes, que é o nosso objetivo”, disse o governador do Paraná, Ratinho Junior.

O dispositivo é discreto, tem apenas 7,6 cm de comprimento, e funciona acoplado à haste de óculos comuns. Com uma câmera inteligente, o OrCam MyEye 2.0 é capaz de ler para o usuário textos de qualquer superfície, reconhecer produtos, cores, cédulas de dinheiro (dólar e real), identificar rostos e outros objetos. 

Sua velocidade de leitura é ajustável, permitindo que os usuários escolham entre vozes masculinas e femininas, além de comandos para pausar, avançar ou retroceder a leitura. Assim, os equipamentos de tecnologia visual assistiva proporcionam acesso instantâneo a informações em tempo real.

Além da SEI, responsável pela aquisição e pela supervisão do projeto, outras duas secretarias estão envolvidas diretamente na iniciativa: a Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e a Secretaria da Educação (Seed). A primeira viabilizou a compra dos equipamentos, por meio do Fundo para Infância e Adolescência (FIA), que é administrado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedca-PR). A segunda tem participação efetiva no dia a dia da implementação do novo recurso tecnológico no ambiente escolar.

DISTRIBUIÇÃO – A intenção é, aos poucos, ampliar a disponibilidade desses aparelhos para cada vez mais estudantes – indo gradativamente dos que têm maior grau para os que têm menor grau de deficiência visual. Os primeiros dispositivos serão direcionados para as regiões da Grande Curitiba e Litoral do estado. Os demais municípios – serão 78 no total – receberão a novidade na sequência, à medida que eles forem chegando ao País. A tecnologia já vinha sendo usada nas bibliotecas públicas de Curitiba, Londrina e Cascavel.

Os equipamentos serão emprestados aos alunos em um sistema de comodato não oneroso. O projeto-piloto com essa tecnologia será acompanhado pelo Observatório de Transformação Digital da SEI.

NOVO PROJETO DE LEI – Durante o evento, reforçando a pauta da inclusão pelo governo do Paraná, foi assinado pelo governador um projeto de lei que será encaminhado para a Assembleia Legislativa visando à criação do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (FEPcD). O fundo irá concentrar recursos de diversas fontes, inclusive privados, destinados ao financiamento de planos, programas ou projetos cujo objetivo seja a informação, orientação, proteção, defesa de direitos e/ou reparação de danos causados à pessoa com deficiência em todo o Paraná. 

“Nós temos o Fundo para a Infância e Adolescência para essa faixa etária e o Fundo Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná para aqueles acima de 60. Eles atendem projetos para deficientes, mas não tínhamos uma cobertura específica, ou seja, aqueles entre de 18 a 59 anos não eram atendidos. Com a constituição formal FEPcD, vamos buscar recursos de outras áreas e abrir editais para atender com mais excelência as pessoas com deficiência”, complementou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni. 

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