A Polícia Civil do Paraná (PCPR) investiga a morte do vendedor David Luiz Porto Santos, 33 anos, de Curitiba, após fazer uma tatuagem no braço em Curitiba. A suspeita é que a causa seja o anestésico aplicado.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) não precisou a quantidade do medicamento que foi aplicado em David, mas indicou que os exames são “sugestivos para intoxicação exógena por lidocaína”. A substância aplicada no corpo do tatuador foi de uso tópico, em forma de spray, com dose de 20%. Segundo a esposa dele relatou à polícia, o marido passou mal ainda no estúdio após aplicação do remédio. De acordo com ela, ele teve pressão baixa, palidez, batimento cardíaco acelerado, fala embaralhada, perda de sentido e convulsão. David foi socorrido e conduzido ao hospital, mas não resistiu.
O caso aconteceu em 27 de agosto de 2021. Segundo o delegado Wallace de Oliveira Brito, do 6º Distrito da Polícia Civil do Paraná, o tatuador foi intimado a prestar um segundo depoimento sobre o caso nesta quinta (16). Na primeira vez, ele afirmou ter aplicado o produto após pedido da esposa da vítima, mas ela nega. “O que nos chama atenção é que se trata de um anestésico que só médicos podem fazer aplicação ou alguns profissionais de saúde sob supervisão médica. Este produto não poderia estar ali e muito menos ser aplicado”, disse o delegado, em entrevista à Bandnews Curitiba. Ele afirmou ainda que o inquérito deve ser concluído com indiciamento por homicídio culposo.
No primeiro depoimento à polícia, o tatuador afirmou ter aplicado a substância após a solicitação de David, o que a esposa nega ter acontecido.