Prefeitura, Câmara e Conselho se unem a empresas e Copel em busca de organização, segurança e estética urbana.
IVAIPORÃ, PR – A sobrecarga de postes com cabos de fibra óptica e fiação inutilizada se tornou um ponto central de debate em Ivaiporã. Em um esforço conjunto para ordenar a infraestrutura urbana, a Prefeitura, a Câmara de Vereadores e o Conselho Municipal do Plano Diretor reuniram-se com empresas de telecomunicações e a Copel para traçar soluções. O encontro, realizado no salão nobre da Prefeitura, visa melhorar a organização, a segurança e a eficiência no compartilhamento da rede elétrica.
O problema não é apenas estético. Conforme alertou o presidente do Conselho Municipal do Plano Diretor, Jair Burato, o acúmulo de fios não utilizados gera insegurança e dificuldades de locomoção. “Os cabos têm utilidade. Mas quando deixam de ser usados se tornam um problema sério, criando insegurança e dificuldades de locomoção”, pontuou Burato, defendendo a urgência em enfrentar a situação.
A iniciativa reforça um trabalho iniciado em abril de 2023, quando a Copel, a pedido do município, apresentou propostas de alinhamento e regularização de cabos de telefonia, internet e serviços multimídia, já obtendo resultados positivos.
A vice-prefeita Gertrudes Bernardy reforçou a necessidade de ação, citando a estética da cidade. “Ivaiporã está cada dia mais bonita. Mas em alguns lugares os postes estão sobrecarregados. Eu mesma contei mais de 10 cabos em um único poste. Este é apenas o 1º passo. Se queremos uma Ivaiporã cada vez melhor, precisamos enfrentar este desafio”, afirmou Bernardy.
O representante da Copel, André Sena, detalhou que a legislação de compartilhamento de redes existe desde 1997, com normas claras sobre as responsabilidades da Copel e das empresas ocupantes. Em Ivaiporã, são 14 empresas prestadoras de serviço, e o “emaranhado de cabos virou algo comum”, disse Sena.
“A Copel tem a função de notificar as empresas quando há risco e acompanhar a regularização. Ou seja, o nosso papel é garantir segurança e organização. No entanto é essencial que cada cabo esteja devidamente identificado”, explicou Sena.
Entre as medidas apresentadas pela Copel está a criação de notificações específicas, com prazos que variam de 48 horas – em casos de risco iminente – a 30 dias para regularizações técnicas. André Sena enfatizou que a aplicação de multas é o último recurso. “O que buscamos é conscientização e organização das empresas, com diálogo e colaboração”, garantiu.
O presidente da Câmara de Vereadores, Ilson Gagliano, avaliou a iniciativa como fundamental e sugeriu que o trabalho seja feito de forma regionalizada. “Se criarmos um protocolo, organizando rua por rua ou avenida por avenida, vamos avançar muito mais. Não adianta consertar pontos isolados. A proposta é que as empresas, junto com a Copel e o Executivo, façam este esforço coletivo”, propôs Gagliano.
Como primeiro passo concreto desse esforço coletivo, ficou definido que, neste mês, será realizada uma varredura na Avenida Brasil para a retirada dos cabos inutilizados. Uma nova reunião está agendada para o dia 29 de outubro, às 15h00, para avaliar os resultados da primeira etapa, discutir as dificuldades encontradas e planejar os próximos passos do projeto de organização da fiação de Ivaiporã.
