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Governo do Paraná usa máquina pública para intimidar opositores, denuncia líder da Oposição na Alep

‘Não há manifestações violentas, há um governo que não ouve’, afirma Arilson Chiorato (PT), ao revelar compra de blindado com jato d’água para conter protestos

Em um discurso marcado por críticas contundentes ao que classificou como “práticas autoritárias”, o deputado Arilson Chiorato (PT), novo líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), sinalizou, nesta segunda-feira (10), como será o enfrentamento aos ataques feitos pelo governo Ratinho Júnior (PSD). O parlamentar citou exemplos claros de instrumentalização do Estado para perseguir sindicatos, criminalizar movimentos sociais e investir em repressão.

No rol de denúncias a revelação de que o Executivo planeja adquirir um veículo blindado com canhão de água para “conter manifestações” – medida que o deputado Arilson definiu como “truculência disfarçada de segurança”.

‘Não há manifestações violentas, há um governo que não ouve’
Em sua primeira intervenção como líder da Oposição no Plenário, o deputado Arilson citou o dramaturgo alemão Bertolt Brecht para contextualizar o que chamou de “escalada repressiva”. “Quando prenderam sindicalistas, não me importei. Quando foram atrás de professores, me calei. Agora, estão nos levando, e já é tarde”, declarou, adaptando o poema “Primeiro levaram os negros”.

O parlamentar relacionou a obra à realidade paranaense, listando casos como:

  • Ameaça de prisão a sindicalistas: em junho de 2024, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) pediu a prisão da presidente do Sindicato dos Professores (APP-Sindicato) durante greve por reajuste salarial;
  • Judicialização da crítica: em 2023, o próprio deputado Arilson foi alvo de interpelação judicial após denunciar irregularidades na gestão da Copel;
  • Perseguição a conselheiros: Maurício Requião, do Tribunal de Contas, pode vir a sofrer pressão por contrariar o governo em análises técnicas.

“Onde há autoritarismo, não há diálogo. Há medo”, afirmou o petista, reforçando que a Oposição não recuará das denúncias.

Blindado com jato d’água expõe prioridade repressiva
O anúncio da compra de um veículo blindado equipado com canhão de água para “controlar distúrbios” foi um dos alvos centrais do discurso. O deputado Arilson questionou: “Que manifestações violentas? As dos professores? Das praças da PM? Dos que defendem a Copel pública?”.

Segundo ele, a medida revela uma “lógica militarizada” do governo: “Enquanto golpistas que invadiram Brasília em 8 de janeiro não foram contidos com tanques, querem usar isso contra trabalhadores. É a mesma lógica que silenciou vozes na ditadura”. Dados da Polícia Civil do Paraná mostram que, em 2023, nenhum protesto no estado resultou em danos graves – fato usado pelo deputado para rebater a justificativa oficial.

Instrumentos de perseguição
O deputado Arilson detalhou uma série de ações que, segundo ele, ferem a autonomia institucional:

1) Intimidação a deputados: em 2023, a Copel moveu ação contra o deputado Arilson após ele denunciar supostas irregularidades na privatização de subsidiárias da Copel;
2) Ataque a sindicatos: o Ministério Público recomendou em novembro de 2023 que o governo paranaense cessasse intimidações a entidades sindicais – orientação ignorada, segundo o parlamentar;
3) Censura velada: conselheiros do Tribunal de Contas e servidores públicos teriam sido pressionados a se alinhar ao Executivo.

“Transformaram a PGE em braço político. Seu papel é defender o Estado, não o governante de plantão”, criticou.

Urgência seletiva e o silêncio que alimenta a crise
O Líder da Oposição também atacou o uso “estrategicamente abusivo” do regime de urgência na Alep. “Projetos que interessam ao Palácio Iguaçu são aprovados em 48 horas. Já pautas como reajuste salarial da educação ficam anos em gavetas”, disse, citando o caso do programa “Parceiro da Escola”, que terceirizou a educação pública.

Para o deputado Arilson, a estratégia visa evitar debates públicos: “Querem legislar sob escuridão, sem ouvir a sociedade. É assim que se enfraquece a democracia”.

O Paraná não é um feudo’
Ao encerrar, o petista conclamou a sociedade a reagir: “Autoritarismo se alimenta do silêncio. Se nos calarmos hoje, quem falará por nós amanhã?”. E reforçou: “Não somos inimigos. Somos o freio de arrumação que impede este governo de confundir interesse público com interesses privados”.


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