O garoto fez testes durante vários meses de 2022 e chegou ao CT do Athletico após exaustivas avaliações de seu desempenho dentro de campo e também no futebol de salão, onde começou a dar os primeiros chutes na carreira de atleta. Antes, Brunino e sua avó, Sônia Moura, viviam em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os dois se mudaram para Curitiba em fevereiro deste ano, sem fazer qualquer alarde.
A casa onde os dois moravam após a morte do marido de Sônia era alugada e já foi entregue. A mãe de Eliza vem sustentando a ela e ao neto com a pensão do marido e o que rende de uma pequena plantação de milho que tem no interor do MS. O último pagamento de pensão feito por Bruno ao filho, já com atraso, aconrteceu em setembro de 2022. Depois disso, nada foi depositado, já acumulando mais seis meses de dívida.
Bruninho ainda não recebe salário do Athletico, já que o clube está investindo em seu desenvolvimento. Do alto de seus 1m82, aos 13 anos, o sonho, claro, é se profissionalizar e chegar, quem sabe, à seleção. Os estudos, que antes eram com bolsa numa escola particular, estão sendo agora num colégio público da capital paranaense. O dia a dia se divide entre livros, treino e videogame, como na vida de muitos adolescentes da sua idade. Namoro ou paqueras estão, por enquanto, fora de seus planos. Uma característica, no entanto, o difere dos demais: o foco e a determinação para ser um campeão e reescrever sua própria história.
O Globo