A terça-feira (06/06) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) foi marcada pela defesa de direitos a serviços de saúde e valorização dos servidores, que pedem o pagamento da data-base. Em duas audiências públicas, realizadas na manhã de hoje, o deputado Arilson Chiorato (PT), fez cobranças firmes à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e também endossou a luta do funcionalismo público pela recomposição salarial adequada.
Durante a audiência pública em que a Sesa apresentou o relatório do primeiro quadrimestre de 2023, o deputado Arilson questionou sobre a dificuldade da Secretaria de atingir metas relacionadas às campanhas de prevenção, como dengue, e também pediu homogeneidade de investimentos nos programas, uma vez que o relatório aponta oscilações. “Os investimentos na saúde pública é tripartite, o estado tem que investir 12%, mal tem atingido a obrigação legal, enquanto municípios, que por obrigação deveriam investir 15%, arcam com 30%, sobrecarregando as prefeituras”, observou.
Outro ponto questionado foi sobre o Programa Opera Paraná, que foi lançado com objetivo de fazer 60 mil procedimentos eletivos, mas até o momento realizou somente 12 mil. Também repassou a denúncia recebida de falta de medicamentos básicos no Hospital da Zona Norte de Londrina. Cobrou ainda o diálogo da Sesa com os servidores em nome do SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná).
Após os apontamentos do deputado Arilson, o secretário de Saúde, Beto Preto se comprometeu em receber os servidores, tornar público o QPSS (Quadro Próprio da Secretaria de Estado da Saúde) e também informou que concurso público para a recomposição do quadro dos servidores deve ocorrer ainda no segundo semestre deste ano.
Data-Base – Logo após a Audiência da Saúde, o deputado Arilson participou da Audiência Pública com servidores e reforçou a necessidade de negociação da data-base. Os servidores ressaltaram a importância da recomposição salarial, uma vez que as perdas acumuladas desde 2016 chegam a 42%.
Em sua fala, o deputado Arilson ressaltou que na semana passada durante a prestação de contas da Secretaria da Fazenda do Paraná, os números eram positivos. “Então, a gente percebe que só resta a escolha política para fazer o pleito dos servidores estaduais acontecer. São 42% de defasagem acumulada e o reajuste proposto pelo governo desconsidera a dívida do ano passado, portanto, precisamos de uma proposta de recomposição de, no mínimo, 9%”.
“Ratinho Jr. está com a caneta na mão. Não tem mais desculpas. Tem muito espaço para dar a data-base. A gente precisa de um estado inovador. A gente precisa que o governo trate os servidores com o mesmo carinho que tem com as propagandas. Se tem estado é porque tem servidor”, concluiu.
